
Wabi-Sabi é Sabi: A impermanência da vida, a transitoriedade, a ação do ciclo do tempo, marcas que resultam do simples fato de existir.

Estamos falando de uma sensível visão de mundo que em seu conceito mais básico apresenta a beleza encontrada no imperfeito, incompleto e impermanente. Uma consciência estética que quando trazida para a esfera material abre o caminho para uma beleza capaz de fazer a vida mais agradável. Objetos simples e orgânicos, que evidenciam os processos naturais: irregulares e assimétricos, delicados e rústicos, mutáveis. Quando dentro do cotidiano podem fascinar, encantar e gerar valor meditativo. É como observar a serenidade de folhas caídas no chão e descobrir a beleza intrigante e singular de uma rachadura em um vaso de cerâmica.

A prática desse princípio conecta emoções humanas e espirituais a noções de ecologia e sustentabilidade. Valorizando e trazendo para o dia a dia materiais naturais nos conectamos com nossas raízes, nossa natureza. Nos afastamos de um mundo sintético e de distrações potencialmente estressantes.

Com um olhar delicado o Wabi-Sabi mostra nos detalhes mão e coração das pessoas que compõem a história de um objeto. Mostra o ciclo de nascimento, florescência, iluminação, envelhecimento, morte e destruição de uma forma poética e não verbal.
Wabi-Sabi é um sentimento. Uma ideia que não se pode alcançar com palavras. Algo que foge da compreensão objetiva que estamos acostumados a buscar. Um conceito que não tem definição nem tradução em português, e nem em nenhuma outra língua.

Wabi-Sabi é uma expressão japonesa. Uma palavra composta por duas outras palavras. Um nome que carrega em si uma filosofia milenar. Um nome com raízes no século XII e que se popularizou através do Zen Budismo.

Wabi-Sabi é Wabi: O oposto da ostentação, o contato com a natureza, a rusticidade, o simples.

Pense então em objetos feitos à mão, variáveis, orgânicos e inspirados na natureza e descubra o Wabi-Sabi .
Wabi-Sabi deve ser visto, apreciado, contemplado e acima de tudo deve ser sentido.
